(25th Hour)
EUA, 2002
De Spike Lee
Com Edward Norton, Philip Seymour Hoffman, Brittany Murphy, Rosario Dawson, Anna Paquin
Vinte e quatro horas na vida de Monthy (Norton), um traficante que no dia seguinte irá para à cadeia, onde ficará por sete anos. Esqueça os filmes sobre drogas, não tem nada a ver, o filme não é sobre isso. Monthy foge do estereótipo, é um sujeito que podemos chamar de bacana. Tá certo que vender crack não é nem um pouco legal, mas ele não é de briga, é na dele, não é isso que importa no filme. A pergunta é: Onde foi que erramos? Em que momento da vida trocamos os pés? Monthy é dedurado, a polícia acha drogas e dólares dentro do forro do sofá e bye bye life.
Não torcemos pela desgraça do protagonista porque logo de cara, na primeira cena, ele e seu amigo encontram um cachorro entre a vida e a morte, abandonado na calçada. Ele salva o animal que passa a ser seu companheiro. Bem, Monthy tem 24 horas de liberdade. O que você faria? Ele divide seu tempo entre o pai viúvo (Cox), a namorada (a sexy Rosario, pinta logo acima dos lábios é tudo. A da atriz é fake.), e seus dois amigos: um professor desolado (Hoffman, sensacional), apaixonado por Ana (Mary), sua aluna de 17 anos; e um corretor da Wall Street - o que não significa que tenha alguma competência. Na verdade, cada um a seu modo, são personagens desolados. Como Nova York depois das torres tombadas. Apesar de ser passado em apenas um dia, tem flashbacks sutis. Não é um filme frenético, alguns diálogos são longos, tipo amigos jogando conversa fora. Adoro.
A Última Noite tem uma daquelas famosas cenas onde o ator atua sozinho diante do espelho. Nela, Edward Norton amaldiçoa os habitantes de Nova York, falando 40 vezes o verbo fuck. Não houve improvisos, ao contrário do flashback onde Monthy e Naturella conversam sobre beisebol nos balanços infantis do Central Park.
O roteiro foi escrito antes das torres desabarem, mas Lee inseriu cenas para torná-lo pós-11 de setembro. Por isso tanta bandeira americana, por isso a paisagem de um dos apartamentos é o Ground Zero. Desiluções poderia ser o subtítulo do filme, se ele precisasse de algum.
Extra A tatoo de Anna Paquin, em forma de cabala, em volta do umbigo, também é falsa. Na verdade foi feita com henna.
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2 comentários:
oi Marina! Não vi, mas irei! Bem bacana a resenha... beijos e obrigada por voltar pra nossa ( !! ) sala de cinema.
Filmaço
Acho que o monólogo do Edward Norton no espelho, sozinho, já vale o aluguel do Dvd.
Abraços
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