Kramer x Kramer




Kramer x Kramer (Kramer vs Kamer)
EUA, 1979. De Robert Benton. Com Dustin Hoffman, Meryl Streep e Justin Henry.


Joanna (Streep), uma mulher em crise existencial, resolve ir embora de casa e deixar o filho pequeno (Henry) com o pai, Ted (Hoffman), que só se importa com seu trabalho. Depois de meses, ela resolve ter o filho de volta e eles lutam na justiça pela posse do menino.

Dustin Hoffman não queria interpretar Ted Kramer, tinha acabado de sair de um divórcio, achava que seria doloroso, e, além de tudo, não queria fazer “o papel dele mesmo”. Mas acabou concordando, desde que pudesse influenciar no roteiro. Meryl Streep ainda estava filmando Manhattan, com Woody Allen e interpretando Shakespeare no teatro, quando recebeu o roteiro. Aceitou participar do elenco porque acreditava que estava sendo chamada para o papel principal, quando na verdade o papel de Joanna estava reservado para Kate Jackson, que fazia um tremendo sucesso com o seriado As Panteras.

Mas Kate estava presa a um contrato e acabaram optando por Meryl Streep que só veio a saber a verdade muito tempo depois. Era tão desconhecida que quando Kramer vs Kramer se tornou sucesso nas bilheterias, a imprensa não sabia sequer escrever seu nome.

A pessoa que deu a Robert Benton o livro em que se basearia o filme convidou François Truffaut para dirigi-lo. Benton fez o roteiro e estava ansioso para assumir a direção. Para sua sorte, o cineasta francês não pode assinar o convite porque estava terminando de rodar O Quarto Verde, e já com a cabeça em O Amor à Tarde. Sugeriu Benton que, em homenagem a Truffaut, incluiu um trecho do concerto de Vivaldi, que fazia parte do filme O Garoto Selvagem.

As filmagens foram tranqüilas, apesar do climão que às vezes rolava entre Dustin e Meryl, dois perfeccionistas. Além disso, ela achava que ele a odiava, que na verdade descontava na atriz a raiva que sentia da ex-mulher. Houve muito improviso. Na cena onde os dois discutem no bar, Meryl deu uma improvisada e Dustin não gostou nada e, por isso, no final da conversa, ele taca o copo de vinho na parede – fazendo do susto de Joanna um susto real.


A atriz não queria que o público sentisse antipatia pela personagem. Também não gostou da sua fala no tribunal, e pediu que cada membro da equipe escrevesse um outro texto. O dela venceu, claro, porque sua personagem dizia uma coisa que nenhum outro homem poderia sentir com tanta clareza “Eu sou a mãe”.


Outra coisa: Dustin contou ao menino uma travessura que a filha fez – bater o pé para comer sorvete antes de terminar de jantar. O menino resolveu incluir uma cena igual. Num momento onde o menino deveria chorar, o ator disse que ele que nunca mais veria a equipe.

Jane Fonda não aceitou o papel de Joanna Krammer. Na cena final, Meryl Streep está grávida. Foi nesse filme que a atriz esqueceu seu Oscar no banheiro.

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.P

6 comentários:

Anônimo disse...

marina, vc descobre cada coisa a respeito dos filmes, que coisa!:) é legal saber dos bastidores, dos detalhes, mas isso é real ou é fantasia de algum paparazzo? :)
seu blog é ótimo, parabéns, viu?
um abraço,
clara lopez

Ademar de Queiroz (Demas) disse...

Marina,
deve ter sido por tudo isso que KxK é maravilhoso. Adoro. E Meryl está perfeita, linda.
Abração

lola aronovich disse...

Eu gosto de KxK, mas o filme foi mais um que fez parte do ataque contra as mulheres. Foi o backlash contra o movimento feminista no seu auge! O filme é muito machista. O que não impede que eu chore quando vejo...
www.escrevalolaescreva.blogspot.com

Anônimo disse...

certos filmes me interessam menos do que as histórias que rolam sobre ele. Na biografia da Meryl Streep tinha tanta coisa legal que não pude evita.

Beijos.

Anônimo disse...

Clara, nem sei quantos livros usei para escrever o livro, É certo que mais de 60. Fora a internet, claro. Revistas e jornais, tanta coisa. Algumas coisinhas podem não ser verdadeiras, como vamos saber? Parará publica-se a lenda. Beijo.

Anônimo disse...

Meryl sempre está perfeita. Eu acho. Beijo.