Jules e Jim - uma mulher para dois




(Jules et Jim)
França, 1962. De François Truffaut. Com Jeanne Moreaus, Oskar Werner e Henri Serre.

"Em um casamento, basta um ser fiel, o outro."


Trinta anos de um charmoso triângulo amoroso. Em 1912, dois escritores se conhecem na belle époque de Paris e ficam amigos. Algum tempo depois surge Catherine, que se torna amante de ambos. Mais tarde decide se casar com Jules, apesar de continuar a manter o romance com Jim. Sem rivalidades, os três tentam manter o amor e a amizade que permeiam toda a história. A personagem vivida por Jeanne Moreau é determinada e moderna, movendo-se de acordo com seus desejos. Truffaut dispensou os recursos típicos para marcar a passagem do tempo. Deixou de lado os truques de maquiagem, preferindo optar por recursos cenográficos e as mudanças na arte de Picasso. Uau.

Quando Jeanne Moreau canta, ela erra um pedaço da música e faz um gesto para mostrar que se confundiu. Ficou tão bacana que Truffaut não refilmou a cena. O cineasta desconfiava que "a moral e os bons costumes" iriam prejudicar a história de um triângulo amoroso sem culpas. Seu receio se confirmou quando o filme foi censurado para menores de 18 anos, prejudicando a carreira comercial de Jules e Jim.

Na Itália, o filme foi proibido, mas, graças à mobilização de cineastas do top de Roberto Rossellini, a proibição foi revogada. Durante as filmagens, Truffaut se apaixonou por Jeanne Moreau.

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2 comentários:

Anônimo disse...

Estou com o livro na mesinha de cabeceira pra ler, mas a fila lá é uma coisa de doido, sem falar que sempre tem furão, né?

;)

beijão procê, ma

Prensada disse...

achei a personagem Catharine a primeira bipolar do cinema.
Super !