Bonnie e Clyde
Bonnie e Clyde - Uma rajada de balas (Bonnie and Clyde)
EUA, 1967, De Arthur Penn. Produção de Warren Beatty. Com Warren Beatty, Faye Dunaway, Michael J. Pollard, Gene Hackman, Gene Wilder, Estelle Parsons
O filme começa com closes de Faye Dunaway, jovem, loura e linda. Está sozinha no quarto, nua e terrivelmente entediada. Ouve um barulho, olha pela janela, é Clyde – Warren Beatty, sex symbol - tentando roubar seu automóvel. Aliás, o automóvel de sua mãe. Bonnie se veste rápido e desce ao seu encontro, não furiosa, mas fascinada. Ele se gaba de ter assaltado um banco, ela acha simplesmente o máximo, e não pensa duas vezes antes de largar sua vida de garçonete e, com a roupa do corpo, se juntar a ele. Clyde não é chegado a sexo, o que decepciona Bonnie, mas não impede que eles se apaixonem um pelo outro.
(Dizem que ambos eram bissexuais, e Warren Beatty queria interpretá-lo assim. Mas Arthur Pen acabou persuadindo o ator)
A dupla assalta bancos e postos de gasolina. Atiram pra todos os lados, mostrando um superestoque de balas. Não demora para que eles se tornem os bandidos mais procurados da América. O filme pode estar datado. Diante do cinema de hoje, Clyde é inofensivo. E o sangue lembra groselha.
*Extra*: Jane Fonda foi a atriz escolhida para viver Bonnie, mas preferiu fazer “Barbarella”, com seu marido Roger Vadim. Warren Beatty insistiu para Natalie Wood, sua namorada, aceitar o papel. Mas ela não quis, pois teria de ir para o Texas e deixar seu psiquiatra. Ann-Margret, Cher (Ahn?) e Sue Lyon também foram cogitadas. Segundo o pesquisador pop Marcelo Duarte, do Guia dos Curiosos, foram usadas 187 balas para matar a dulpa na vida real, e 87 no filme. Estelle Parsons levou pra casa o Oscar de coadjuvante. Primeiro papel de Gene Wilder no cinema. Faye Dunaway trouxe de volta a moda das boininhas inclinadas. Os atores principais tiveram um caso durante as filmagens. Ou ele não se chamaria Warren Beatty. Claro.
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Bonnie e Clyde, os verdadeiros, fugiram num carro modelo V8, da Ford. Durante uma de suas fugas, Clyde enviou uma carta a Henry Ford:
"Enquanto ainda tenho ar em meus pulmões escrevo para dizer que carro elegante o senhor construiu. Nenhum outro automóvel sustenta tanta velocidade como o Ford e, se meu trabalho não é estritamente legal, também não ofendo ninguém ao dizer que magnífico veículo é o seu V8."
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5 comentários:
Obs: Amo esse bilhete, é tão singelo e nonsense!
Estou AMANDO esse blog!
Adoro Bonnie & Clyde, e não acho que tá datado. Tem tanta coisa interessante pra se dizer sobre o filme... Uma é que a Pauline Kael o "salvou". Ele havia sido lançado em pouquíssimas salas de cinema e teria saído de cartaz rapidíssimo se a Pauline não tivesse redigido uma crítica louvando o filme. Numa época em que crítica de cinema ainda influenciava gente...
E é tão raro ver um herói impotente! Bom, um anti-herói, no caso. Mas ainda assim é muito inovador.
Lembro uma vez ter lido um artigo condenando o filme por vangloriar dois bandidos. Era de um dos familiares de alguma vítima deles. Acho que o artigo era da década de lançamento do filme (eu só li nos anos 80). Mas, não sei - arte é arte. A gente vê o filme e pensa no Warren Beatty e na Faye Dunnaway, não no Bonnie & Clyde de verdade dos anos 30.
www.escrevalolaescreva.blogspot.com
Depois de ler seu post me deu vontade de rever este filme, excelente por sinal. Beijocas.
Usei muito essa boininha kkkk
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