Casablanca




Casablanca (Casablanca)
EUA, 1942. De Michael Curtiz. Com Humphrey Bogart, Ingrid Bergman, e Paul Henreid. Oscars de filme, roteiro e diretor.

"Com tantos bares no mundo, ela tinha que entrar justamente no meu?"


Casablanca é rota obrigatória para fugir dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial. E também o lugar onde Richard Blaine (Bogart) mantém seu Rick's Bar. Cínico e amargurado, como convém ao ator, um dia reencontra Ilse (Bergman), com quem viveu um grande amor no passado. Só que agora ela está casada e, por ironia do destino, a vida do seu marido (Henreid) está nas mãos do ex-amante: Ilse precisa que ele arranje passagens para que eles possam fugir.

"Beije-me como se fosse a última vez."



Nenhum outro filme eternizou tantas frases e diálogos. Ingrid Bergman atravessa a história com os olhos marejados e só a fotografia em preto-e-branco pode tornar isso tão encantador. As filmagens de Casablanca foram confusas, o roteiro mudava o tempo todo e havia três finais diferentes. A certa altura, lngrid Bergman exigiu saber quem Ilse realmente amava, Rick ou o marido. "É fundamental para a minha interpretação que eu saiba por quem ela está apaixonada", reclamava.

Mas só nos últimos dias de filmagem a atriz soube a resposta. Já foi dito mais de uma vez que Rick jamais disse "Play it again, Sam" e sim "You played it for her, you can play it for me. Play it!” E Ilse, quando entra no bar e vê o pianista, pede "Play it, Sam. Play 'As Time Goes By". É o de menos. O que interessa é que a música - a segunda colocada na lista das melhores músicas do cinema - tem lugar de honra na nossa memória afetiva.

Dança das cadeiras Michelle Morgan e Hedy Lamarr foram sondadas para viver Ilse. Ronald Reagan e Alan Ladd para interpretar Rick.

Bogart tinha tanta certeza de que ganharia o prêmio de melhor ator que na hora que anunciaram o vencedor (Paul Lucas, por Tormenta), ele se levantou. Quando se tocou da gafe, continuou de pé, aplaudindo o escolhido pela acadenia. Só mesmo com muito charme e jogo de cintura, o que ele sempre teve de sobra.

Para ter em casa, compare os preços.

Foto: montagem de Elesbão.


5 comentários:

Anônimo disse...

Esta história da frase "play again, Sam", é famosa e verdadeira.
E aí o Wood Allen fez um filme exatamente com este título, por sinal sensacional.

Tina Lopes disse...

E a cena em que o pessoal do bar canta a Marselhesa pra sacanear os alemães? Tem como não chorar?

Anônimo disse...

"Com tantos bares no mundo, ela tinha que entrar justamente no meu?"

No original, "Of all gin joints...", está mais para "Com tantos botecos..."

Adoro tua seleção de fotos: o livro também é ilustrado ?

Anônimo disse...

Com fotos infelizmente não... Custaria uma nota em direitos autorais.
:o**

Ruby disse...

Meu prederido de todos os tempo. Ingrid Linda demais.