Gilda e Kane


"Se eu fosse uma fazenda, não teria cercas." Rita Hayworth, em Gilda.


O pai de Rita Hayworth, uma das mais lindas estrelas de Hollywood, era alcoólatra, agressivo e abusava sexualmente da filha. Talvez por isso, a atriz sempre tenha buscado homens errados, que mandavam nela, substituindo a figura paterna. Orson Welles, um dos mais geniais cineastas da história, sempre foi fracasso de público e de crítica. Seus filmes só viriam a fazer sucesso muitos anos depois. Um dia ele viu a foto de Rita na capa da Life e foi amor à primeira vista. A atriz, que já tinha sido casada, estava namorando Victor Mature e não atendia às chamadas de Orson, que ficou um mês telefonando pra ela. Quando Rita se deixou seduzir, ele abandonou sua mulher, Dolores Del Rio. Rita era muito insegura, sua imagem foi construída pelos estúdios e ela nunca conseguiu adaptar sua personalidade ao seu novo visual. Era ciumentíssima e se casaram em setembro de 1943. Ele gostava de política e participou da campanha de reeleição de Roosevelt. Rita ficou grávida e teve Rebecca. O marido filma O Estranho e não volta para casa. Rita pede o divórcio. Depois de separados, ele dirige a atriz em A Dama de Shanghai, o único trabalho que fizeram juntos. Ele mesmo corta e tinge os cabelos de Rita. O público não entende o cinismo da protagonista e o filme é reeditado, se tornando kitsch, segundo o diretor. Rita namora David Niven, e mais tarde se casa com o bilionário Ali Kahn. Nasce Yasmin. O novo marido é mulherengo e ela sofre. Welles dirige A Marca da Maldade, que também se torna um fracasso. Rita se deixa enlouquecer. Orson fingia estar bêbado quando queria que o deixassem em paz. Etc.

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